turtle logo
artigos pubicados no LinkedIn
ao site da nossa empresa

artigos mais recentes
artigos mais antigos
ainda tem mais...

Blog

Como pode ser esperado de um blog, se trata de uma obra em andamento. No momento, publicamos aqui três tipos de textos que se adequam à definição de um blog.

  • em inglês: textos que Touché e Guy publicam com uma certa regularidade no LinkedIn.
  • em português: as contribuções abaixo de Touché ao site de nossa empresa no LinkedIn, e postagens anteriores para Brasil com Z, blog de brasileiros expatriados sobre os países onde moram. A participação terminou algum tempo atrás, mas os textos de Touché continuam sendo interessantes.
  • em português, holandês, inglês e francês: sempre que viajamos, enviamos newsletters para os amigos em vários países. No ínicio, as mensagens eram somente em português, depois foi adicionada uma versão em holandês e em 2016 fomos loucos o suficiente para escrever em francês e inglês também durante nossa estada em Nova Zelândia/Austrália e Costa Rica. Vamos progressivamente postar alguns relatos de viagem, voltando no tempo.

Nota: a última mensagem está no topo. Use o menu à direita ou role para baixo para encontrar mensagens mais antigas.

nossa empresa Toucheguy no LinkedIn em 2023-1

Pequena Coleção de Diálogos Sec. XXI – Pickles Nacional

Bom dia, tudo bem?

Tudo bem, e você?

Tudo bem.

--

Está frio hoje, né?

É. Mas ontem tava mais frio.

É mesmo.


Diálogos também encontram barreiras...

Diálogos também encontram barreiras...

Essa comida num tá boa.

Também acho. – VARIANTE: até que eu gosto.

Minha mãe faz um ...(nome do prato), muito melhor.

Como é?

Bom, num sei, mas é tão gostoso...

--

Cê tá gripado?

Tô.

Eu tô com uma úlcera que não me deixa desde o mês passado, quando eu fiquei de férias e comi muito ....(nome do prato de novo)

Eu já tive úlcera, e curei tomando muito leite.

Mas eu detesto leite.

--

Qual teu time?

(nome do time)

O quê? Como você pode torcer prum time desses?

Torcendo.

--

O que você achava da Xuxa?

Ah...eu adorava ela.

Pois eu num gostava mesmo.

Por que?

Porque diziam que ela num gosta de criança.

--

Esse país tá ruim mesmo.

Pois é.

Também, como pode melhorar, se os salários estão tão baixos?

É.

Eu, se fosse presidente, mudava tudo.

--

Quantos anos você tem?

(número)

Não parece.

E você?

(número)

Pois parece muito mais...(fecha o pano bem rápido)

--

De que signo você é?

(nome do signo)

Maravilha! Esse signo combina com o meu!!

Ah, é?

Claro, precisamos conversar, eu adoro astrologia.

Eu não entendo nada.

Não faz mal. Conversamos assim mesmo.

--

Que você fez esse fim-de-semana?

Nada de interessante.

Nem eu.

--

Tomara que chegue logo as férias... ainda tamos em (nome do mês)!

Pô que droga...só fiz dois números da loto...

Não se preocupe. NO FIM TUDO DÁ CERTO!!!

Touché Guimarães, publicado no LinkedIn em 3/06/2023.
go to top

Este perigoso instrumento

Se é verdade que a palavra é como uma haste única, tendo de um lado um veneno mortal e do outro uma flor, então ter o dom da expressão linguística torna o falante muito responsável. É preciso que conheçamos a força do som e da semântica, e não desperdiçá-los em manifestações vazias...ou repletas de significado destrutivo.

Ponte suspensa sobre o abismo das emoções, atravessá-la em direção ao outro pode ser missão suicida ou assassina. Demanda coragem, mas também agilidade e paixão. Sem o uso mágico deste instrumento, que acompanha o caminhante de forma inexorável, corre-se o risco da queda fatal no espaço do nada, no voo para baixo, que culmina com a impossibilidade do voo em si, quebrando asas e abraços.

Pontes são sempre possiveis!

Pontes são sempre possiveis!

Trapezistas da vida, somos todos. Profissionais vivem em cordas bambas sem rede, e o circo não perdoa, a perda do equilíbrio impede que a varinha mágica da palavra chegue aos ouvidos do coração e nos salve da perda de nós mesmos e de nossa paz.

Emoções podem ser maravilhosa companhia em nossas buscas até o outro lado da distância que tentamos eliminar, a partir da nossa frágil construção. Um pequeno tropeço, um uso incerto dos dedos e do corpo, a neblina que nos impede o olhar claro sobre nosso porto amigo, e a ponte se rompe, o caminho se bloqueia, o encontro se torna impossível. Nem voltar ao ponto inicial se pode mais, porque a vida é uma via sem retorno.

Alí estamos, suspensos no ar e caindo ao mesmo tempo. Sem rede de proteção. Sem a rede protetora que só a compreensão e o diálogo afetuoso tecem em torno de nossas várias travessias.

E este instrumento perigoso na mão, a não deixar-nos sequer a mão livre para o derradeiro aceno, colado em nossos dedos, aprisionado em nossas mentes, agrilhoando nosso pedido de help-não-me-abandone.

Aqui minha mão...

Ainda, aqui minha mão...

Touché Guimarães, publicado no LinkedIn em 13/05/2023.
go to top

A importância do livro na cultura brasileira

Nenhuma. A princípio. Porque ninguém precisa de livros para fazer filhos – a técnica é fácil e intuitiva; e, tampouco, a genética não necessita ser explicada por meio de fórmulas e teorias, para que um ser humano, de qualquer nacionalidade, venha a nascer.

Após o que, temos que o cidadão dispensará os livros para expressar suas necessidades mais vitais: o bebê chora pelo alimento e o caminho do seio materno lhe basta como preenchimento de quaisquer angústias que pudesse ter naquele momento.

Conhecimento ao alcance de todos!

Conhecimento ao alcance de todos!

Como ´classe´ se toma na mamadeira, é bebendo, e não lendo, que a criança aprende o mais importante no que concerne às futuras relações em sociedade. Somente o ensino família-infante, estabelecerá as bases sobre as quais se firmará o caráter e definirá a personalidade, esta também inata ao indivíduo.

Só que, do acalanto mais primitivo ao ensino mais elaborado, o indivíduo, desde cedo, será treinado na música tradutora dos sons de uma língua. E essa língua, independente das outras linguagens que a acompanham ou não neste período inicial de formação, já traz em si mesma todos os valores da cultura onde virá a crescer esta criança, que mais tarde se tornará cidadão de um país.

No Brasil da cana de açúcar e dos coqueiros, a música da língua remete aos doces e ao vento… Assim, a cultura é transmitida em sabores e ritmos. Ao chegar à idade escolar, já se tem, imantados nos cérebros e corações, as estórias das mães- pretas e o balançar das redes.

Eis que, nos caminhos da vida, passamos pelo Portal do Conhecimento, simbolizado no livro. Aí, as estórias pessoal e social passam a ter uma dimensão maior, porque poderão ser imaginadas, pesquisadas, analisadas, comparadas, transformadas, decodificadas e mesmo codificadas através de novos símbolos e técnicas.

O livro é o arco-íris que conduz ao pote de ouro, o outro lado do viver, a possível existência do saber. E, o conhecimento, uma vez adquirido, se torna vírus irreversível, doença incurável. Ao tocar nossa mente, qual varinha de condão, o livro nos abre as portas de uma gaiola onde jazíamos entrincheirados na escura ignorância.

A imaginação abre asas, levanta vôo e liberta a alma do ser humano. O céu é o limite. O livro é o transporte.

O Brasil, onde tantas mentes são tão férteis, precisa favorecer o vôo das crianças. É preciso ensinar o povo a ler, permitindo o fluir da paixão de novas descobertas, a vivência da maravilhosa possibilidade de viajar, para dentro e para fora de si mesmo.

Que se questione, que se responda… e se questione mais ainda. Que livros sejam acessíveis sob quaisquer formas para que se possa nutrir as mentes, satisfazendo a sede de conhecimento que há nos olhos ávidos de cada um. Sobretudo as crianças precisam de livros para que aprendam não só a ler, mas a ver, a criticar, a selecionar o que é importante para sua felicidade.

Bibliotecas fechadas são corações sem sentimentos. É através do livro, e da ajuda de quem os explica e traduz, que uma nação cresce, porque a ignorância e o desconhecimento são uma ofensa à dignidade do cidadão.

A cultura brasileira, tão rica em tradições, folclores, lendas, estórias, precisa ser conhecida de seu próprio povo e daqueles que se interessam em aprender sobre outros mundos, através do conhecimento de outros sóis, outros sons. A partilha destes tesouros por meios pessoais e sociais, servirá para uma melhora significativa da sociedade em geral.

Possa o livro ser um veículo acessível, através do qual embarquem quantos se sintam sedentos de aprendizado e crescimento. Possam crianças e adultos, de qualquer nacionalidade, se sentirem unidos através das letras.

Livros, para todos!

Touché Guimarães, publicado no LinkedIn em 20/04/2023.
go to top

Receita para se fazer um HERÓI

Ingredientes


  • 1 Fanático
  • Vários circundantes (em inércia)
  • 10 Tons de angústia
  • 10 Tons de incomunicabilidade
  • 1 Pitada de tristeza
  • Vaidade à vontade
  • Fermento

O destino final dos herois e seus seguidores

O destino final dos herois e seus seguidores

Modo de fazer

Coloque o fanático em evidência, num caldeirão fervendo de angústia, incomunicabilidade e junte a tristeza.

Mexa à vontade, até que a massa formada pelos circundantes fermente e fique em ponto de explosão.

Quando o bolo estiver compacto, use a vaidade do fanático como cobertura, e distribua as fatias da massa. Estará pronto para ser servido no momento de maior convulsão.

Melhor digerir bem quente. Você poderá explodir junto, e receber sua porção como herói.

Touché Guimarães, publicado no LinkedIn em 19/03/2023.
go to top

O nada admirável mundo novo

Quando a gente pensa que já chega, daí ainda tem mais... De repente, sem que se saiba bem de onde veio a ideia – muito menos de quem – uma nova forma de censura se inaugurou com as mudanças realizadas nos originais do escritor Roald Dahl, cujos livros já foram publicados há anos, e cuja reputação no meio literário justifica a fama de excelente autor. Não nos deixemos enganar pela suposta intenção de defesa a grupos discriminados. Ao interferir nos originais, alterando termos e expressões, a editora inglesa Puffin abre caminho para algo inaceitável: a mudança da própria realidade, o contexto no qual uma obra literária se situa e a liberdade criativa do autor.

É evidente que a forma de escrever e o significado de termos e expressões mudam no tempo e traduzem a vida no momento mencionado em que são inseridos num texto. Assim, a literatura tem sido fundamental para se conhecer o passado. Assim a ação do escritor tem sido fundamental para registrar o presente e assim a obra literária permite se construir o futuro. Literatura é exercício de imaginação, mas não só: é a marca da identidade de uma civilização e da cultura existente em cada uma. Escritores de todas as nacionalidades contribuem para que os povos deixem sua marca no mundo.

© Dick Daniels - https://theworldbirds.org/ - Falta sabedoria no mundo!

© Dick Daniels - https://theworldbirds.org/ - Falta sabedoria no mundo!

Onde vai isso? Não vai. Volta. Voltamos à censura. Voltamos ao que – em nome do ´politicamente correto´ é contra a liberdade de expressão e da criação do artista. Ao se atribuir valores ´modernos´ ao que foi escrito em anos passados, se destrói a semântica e o sabor do texto. Num comentário muito pertinente, alguém questionou quando é que vão começar a alterar a Bíblia...

É inaceitável que tal ação tenha endosso de uma editora, que por definição, é o local depositário das ideias e criação literária dos escritores e responsável pela divulgação das obras produzidas. Fica registrado nosso repúdio e o temor que a obra ´1984´ escrita por George Orwell e publicada em 1949 como alerta contra regimes totalitários se reafirme cada vez mais, tornando-se prática aceita a intervenção de ´experts´ que, em nome de uma falsa proteção aos leitores, alteram os originais. Abusos políticos, desrespeito à vida, controle dos meios de expressão e falta de privacidade são fatos largamente conhecidos e lamentavelmente presentes em nosso século XXI, e não devemos aceitar que mais uma ´modalidade´ faça parte deste elenco.

Na medida da polêmica gerada no mundo inteiro e dos protestos de vários personagens ilustres do mundo literário, bem como de leitores - ilustres ou não - de qualquer origem, nova porta perigosa se abriu quando a editora inglesa Puffin reagiu declarando que duas versões da obra de Dahl passarão a ser vendidas: a original (´politicamente incorreta´) e a revisada (pelos novos donos da verdade, censores que decidem sobre o que deve/ria ser escrito). Não precisa ser gênio financeiro para prever os lucros que virão desta manobra. Como também não precisa ser ecologista, para entender que muito mais árvores serão assassinadas, florestas desbastadas, para que haja mais papel disponível.

Uma grande tragédia, não somente contra autores e artistas em geral, mas leitores, historiadores, sociólogos, psicólogos, dramaturgos, cinegrafistas e qualquer indivíduo que defenda como valor a liberdade de criação e expressão artística.

Precisamos unir nossas vozes e deixar registrado nosso repúdio, manifestando nosso protesto nos círculos que frequentamos e divulgando os fatos para tentar evitar que interessados em leitura acabem comprando a ´nova-anti-discriminatória´ versão de obras já publicadas, o que significará o apoio a este absurdo.

Não podemos evitar o desastre já ocorrido na Inglaterra, mas podemos dar nossa contribuição em nossos pequenos círculos, por menor que seja nossa possibilidade e por menor que possa ser nosso círculo de ação.

Não podemos salvar o mundo... de nada. Mas quem cala consente. Literal e literariamente.

Touché Guimarães, publicado no LinkedIn em 2/03/2023.
go to top

O Laboratório Mágico

Era uma vez uma linda princesa, chamada Bornelia Borgdof, que vivia num Castelo tão lindo e transparente, que era comumente conhecido pelo nome de "A Bolha de Vidro".

Apesar de ter sido incubada, por nascer prematura, Bornelia fez uma boa relação com os antígenos que a cercaram neste duro período de análise, e logo pôde crescer e desenvolver-se como uma boa plaqueta criada in vitro.

Magia natural

Magia natural

Bornelia adorava "A Bolha". Lá tomava muito soro em pipetas de diferentes cores; decorou "A Bolha" com vários balões de ensaio, e como gostava muito de teatro, usava para isso uma linda fantasia feita de eletroforese, com uma bela T-crucis no peito, e era sempre a primeira a chegar ao tubo de ensaio.

Sendo multo romântica, ao ver as células estreladas, Bornelia se punha a sonhar, apoiada em seu balcão cintilante.

Quem sabe um dia encontraria a cobaia de sua vida???

Passou a fazer vários experimentos no campo do magnetismo, e finalmente se viu absorvida pelo peso molecular de Epítelius, que a enrolou com seu garrote, sangrou-a e a exauriu de amor. Tinha uma química exótica! Depois disso, resolveram partir para Ependorf, onde sonicaram bastante in vivo, ao som das mitocôndrias típicas do local, e Bornelia pôde então, finalmente, viver a transcendência da matéria e partir para novas irradiações.

Touché Guimarães, publicado no LinkedIn em 30/01/2023.
go to top

visite nossas páginas web sobre nós, nossas viagens, etc.

agradecemos a preferência