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Blog

Como pode ser esperado de um blog, se trata de uma obra em andamento. No momento, publicamos aqui três tipos de textos que se adequam à definição de um blog.

  • em inglês: textos que Touché e Guy publicam com uma certa regularidade no LinkedIn.
  • em português: as contribuções abaixo de Touché ao site de nossa empresa no LinkedIn, e postagens anteriores para Brasil com Z, blog de brasileiros expatriados sobre os países onde moram. A participação terminou algum tempo atrás, mas os textos de Touché continuam sendo interessantes.
  • em português, holandês, inglês e francês: sempre que viajamos, enviamos newsletters para os amigos em vários países. No ínicio, as mensagens eram somente em português, depois foi adicionada uma versão em holandês e em 2016 fomos loucos o suficiente para escrever em francês e inglês também durante nossa estada em Nova Zelândia/Austrália e Costa Rica. Vamos progressivamente postar alguns relatos de viagem, voltando no tempo.

Nota: a última mensagem está no topo. Use o menu à direita ou role para baixo para encontrar mensagens mais antigas.

nossa empresa Toucheguy no LinkedIn em 2024-1

Tsunami e Tiramisu

Era uma vez dois irmãos, ambos nascidos em terras distantes e de pais desconhecidos. No entanto, cresceram fortes e robustos, pois a natureza à sua volta era bela e pródiga, e os meninos não precisaram de adultos para ensinar-lhes os segredos do bom viver.

Assim, Tsunami bem cedinho se apaixonou pelo mar e se fez íntimo de todos os seus segredos. Enquanto Tiramisu se especializava em preparar delícias, com os maravilhosos frutos sempre disponíveis. Os dois cresceram unidos, e juntos desenvolveram seus dotes.

The delicious part of the family / Tiramisu - Raffaele Diomede.jpg CC BY 2.0

The delicious part of the family / Tiramisu - Raffaele Diomede.jpg CC BY 2.0

Tsunami era bom nadador, excelente surfista, mergulhador de primeira, e seu nome se tornava conhecido por todos que gostavam de atividades marítimas. Tiramisu caprichava em novas receitas e criava dietas especiais, de forma que nunca deixava de oferecer quitutes aceitáveis a qualquer tipo de paladar e gosto.

Cresceram unidos e levavam vida tranqüila, em seu mundo azul e variado. Natureza rica e generosa, os dois aprenderam cedo a sabedoria das artes de viver e a compartilhavam com quem se interessava em conhecê-las. Se tornaram muito famosos, escreveram livros que foram publicados em vários idiomas e nunca deixaram de acolher os passantes que vinham desfrutar das belezas do mundo em que viviam. Bela existência, não tinham do que se queixar.

Um dia, o mar contou a Tsunami sobre várias malvadezas que estavam vitimando os peixes, muitos golfinhos, entre eles. E também falou que as águas estavam tristes, tanto óleo, tanta sujeira, pondo em risco a vida de todos. Tsunami ficou muuuuito brabo!!! como pode ser? e conversou com as ondas, explicou-lhes tudinho o que o mar sabia e tinha lhe contado. Se organizaram, e em verdadeiras ondas de protestos avançaram sobre os que estavam maltratando a peixarada toda. Foi aquele auê. Daí prá frente, passou-se a tratar Tsunami com mais respeito.

Entretanto, Tiramisu não estava a par do que estava acontecendo, e seguia fazendo e distribuindo seus doces e quitutes deliciosos. E é por isso que, independente de Tsunami, todo mundo ainda pode curtir o Tiramisu.

The End

Touché Guimarães, publicado pela primeira vez no LinkedIn em 5/06/2024.
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Turistas vs Moradores

O turista passa, olha, clica, comenta, consome, compra...e geralmente não deixa nada, fora algum lixo (devidamente ensacado, ou não… dependendo do turista e das lixeiras encontráveis) e poucas, mas bem poucas recordações no coração de quem é morador. No entanto, algumas ficam, e constroem vidas futuras.

O turista tem tempo. Habitualmente tem mais dinheiro que aqueles com quem troca algumas palavras durante seus momentos de consumo. Não se preocupa com as questões problemáticas dos lugares onde está. Não tem compromisso com estas questões. O turista incomoda, muitas vezes. Mas traz o moni e a possibilidade de emprego para muitos moradores. Um mal necessário, o turista.

Importante contribuição para turismo receptivo

Importante contribuição para turismo receptivo

O morador vê seu habitat, cidade-campo ou vilarejo, com outros olhos. As eventuais belezas ali existentes já não lhe chamam tanto a atenção e são (re)visitados sobretudo quando recebe hóspedes: os turistas.

O morador tem pressa, tem agenda, compromissos. Tem muito cansaço no corpo e no pensar. Às vezes, um turista lhe comenta ‘que ótimo deve ser morar aqui’. No entanto, tudo o que o morador queria era estar ali como turista também. De passagem. E sem agendas.

O turista é um curtidor.

O morador é um chato.

E, no entanto, gostamos muito de morar em algum lugar.

E partir, de vez em quando, prá perturbar os moradores de outros lugares...onde vamos com turistas.

Touché Guimarães, publicado pela primeira vez no LinkedIn em 19/05/2024.
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Dinheirite

Você conhece a estória, não se trata de nada de novo. No entanto, esta é uma versão pessoal, e o que faz o pensamento original não é tanto a idéia, mas como cada um a expressa, não?

Acontece que somos produtos de um sistema malvado, que põe o homem contra o homem: o capitalismo.

Onde a moeda habitava (Viena, Áustria)

Onde a moeda habitava (Viena, Áustria)

(Talvez o romantismo crônico de alguns leve a crer que a troca de bens propiciava um contato mais digno entre as pessoas. Quem sabe, talvez isto nunca tenha existido quando se trata de bens materiais).

Enfim, aqui mais uma maneira de ver a coisa: na medida em que o atual sistema tem por base a acumulação de tudo por parte de uns poucos, a competição por parte de todos, e a conseqüente carência da maioria absoluta, chegamos à uma patologia social à qual, simplesmente, podemos denominar ´dinheirite´.

Se pode considerar que, quando se nasce, se corta o cordão umbilical do útero materno e o conectamos ao cartão bancário, ou outra modalidade de acesso ao dinheiro. Aí entra o vírus da ´dinheirite´, maldito e altamente contagioso: no canal que liga o indivíduo ao seu saldo. No momento em que a ´dinheirite´ se apropria da vítima, os sintomas são imediatos e perceptíveis: depressão, angústia, insegurança e falta de tesão generalizada.

Já faz algum tempo que vivemos num meio altamente contaminado. E as pessoas nem sempre se apercebem do mal que as sufoca - só sentem os sintomas e as conseqüências que, em última análise, levam ao aprisionamento em si mesmo, à falta de sorrisos, à ausência de alegria.

Como se pode VIVER sem sorrisos e alegria? Não dá.

Por isso esta mensagem, na tentativa de denunciar a dinheirite como o mal do século, apregoando prá quem quiser ouvir, que precisamos brincar de ser feliz, e para isso precisamos de paz, saúde, segurança, trabalho, confiança, aconchego e ESPERANÇA.

Não se pode crescer sem confiar no futuro! Vamulá! Queremos uma sociedade saudável, um mundo verde de paz, onde as crianças possam crescer felizes, que é como toda criança merece viver. E não só as crianças, mas todos os que acreditamos na preservação da dignidade humana.

Tem cura? Vamulá! Cada um pode contribuir. O pouquinho de cada um pode ser o muito que precisamos para preservar nossa infância, nossa juventude, nossa maturidade, nossa vida.

Touché Guimarães, publicado pela primeira vez no LinkedIn em 10/04/2024.
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Sabedoria

Na contra-mão de todas as expectativas e slogans, o que parece ficar evidente é que o passar do tempo não faz as pessoas se tornarem mais observadoras, pacientes, tolerantes, ou qualquer adjetivo que aponte para uma atitude mais ´compreensiva´ em relação ao Outro.

Os vários debates com adultos da terceira idade - expressão que nega o envelhecer - sobre as consequências do passar dos anos aponta para alguns fatos, não muito populares: a impossibilidade de impedir as marcas do tempo no próprio corpo, a des-vontade de perseguir projetos que se mostram complicados, a impaciência no que toca à espera de resultados e, o mais óbvio, a progressiva intolerância. O famoso ´bullshiter´ se torna alguém impossível de se aguentar. Se passa a preferir um contato explicitamente ruim, do que um diplomático faz-de-conta hipócrita.

O flow dos aprendizados

O flow dos aprendizados

A importância dada ao que o Outro vai pensar ou dizer se aproxima cada vez mais de zero, dando lugar ao sentido de liberdade e independência adquirido da experiencia e do conhecimento sobre o ser humano. Evidentemente, esta independência resulta do que se conquistou durante os anos, podendo ser traduzida pela autonomia financeira. Já a liberdade só pode ser alcançada através da aceitação da inter-dependência emocional, pois tem pouca valia se ter liberdade de fazer algo, se não se tiver liberdade para agir. Casais costumam ser bons exemplos de como se vive esta distinção.

Alguns idosos (provavelmente a grande minoria…) sempre exerceram sua liberdade de expressão, independente da época e lugar, o que não só lhes rendeu a fama de ´difíceis´, mas impediu a continuidade de contatos que poderiam ter sido, se não profícuos, pelo menos interessantes. Ainda que intolerância seja marca registrada dos velhotes, isso não significa que jovencitos sejam mais gentis ou pacientes. Talvez a grande diferença seja que os jovens se escondem atrás de slogans do tipo ´estamos muito ocupados´, enquanto os mais idosos se expõem, e pouco-nada se preocupam em explicar que a falta de paciência é devida à consciência de que não há tempo a se perder com contatos não-criativos. A vida fica cada vez mais curta, vamos investir nosso Tempo-Vida em atividades e pessoas enriquecedoras.

Na busca de sucesso, muitos jovens não entendem que ser bem sucedido financeiramente não necessariamente significa ser bem sucedido. Talvez precisem de menos vaidade e mais vivências para perceberem que ´chegar lá´ tem muito mais a ver com abraços acolhedores, que com os títulos acumulados no caminho. Porque o preço a se pagar pelos altos salários pode se tornar uma carga muito pesada...

Quando se tem as contas pagas por outra pessoa vivemos o que se chama dependência e é bem diferente do vínculo emocional que faz parte de uma relação amorosa. Quando se ama, ´depender´ não significa incapacidade ou impossibilidade de independer, mas a contribuição mútua a fim de que talentos e sonhos possam ser compartidos e dificuldades superadas . Evidentemente, isto significa a concessão do ser-individual em favor do crescimento a dois.

Talvez esta seja a grande conquista dos casais idosos: a construção de uma vida junto, durante anos, que possibilita a tranquilidade do silencio amigo e solidário. Bom não precisar explicar. Gostoso. Aconchegante. Sabedoria seria perceber quando falar ou calar?

Qualquer que seja a resposta, uma coisa parece clara: ser feliz é, também, a possibilidade de pouco se importar com julgamentos de quem não importa.

O que, decididamente, não soa como definição dada por alguém sábio…

Touché Guimarães, publicado pela primeira vez no LinkedIn em 9/03/2024.
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Lições de viajantes

1) Delicadeza, elegância, simpatia são grátis, e encontráveis em qualquer lugar. Claro, o mesmo vale para seus opostos. Se trata de característica humana, não tendo a ver com questões outras. O trato ao turista deixa isto bem marcado, felizmente na maioria dos lugares não percebemos uma atitude aproveitadora, ainda que exista, sim.

2) A preservação do patrimônio histórico está bem mais vinculada ao amor que um povo tem por suas tradições do que ao dinheiro que a boa manutenção demanda.

As belezas a descobrir

As belezas a descobrir

3) Um lugar pode ser rico e sujo e outro pode ser pobre e limpo/florido. As estradas na Italia, por exemplo, tem lixo em quase toda a extensão (salvam-se, ainda, as que são nas montanhas). Na Hungria, não se vê lixo jogado em vias publicas. Apenas 2 exemplos.

4) Quase em nenhum lugar onde já estivemos vimos casas com grades nas janelas! Em NENHUM lugar sistemas de alarme instalado nas moradas. Em NENHUM lugar vimos favelas (salvo nos arredores de Bangkok, uma tragédia deplorável).

5) Em NENHUM lugar assistimos assaltos, nem vimos policiais tratando ninguém mal. Ao contrário, nosso contato pessoal com policiais sempre nos deixou muito tranquilos.

6) Com exceção de um acidente grave (desta vez), não vimos tragédias no trânsito, nos países por onde temos viajado. Algumas batidas de carro, sim, mas não tragédias.

7) Em pouquíssimos lugares assistimos cenas de desrespeito às pessoas. Neste caso, a tristeza fica por conta das muitas prostitutas na entrada da Republica Checa e, mais que tudo, à quantidade de homens velhos decrépitos cercados de lindas jovencitas, na Tailândia, onde as famílias as vendem aos estrangeiros.

8) Geografia e clima difíceis não são motivo para um país não progredir. Bons exemplos são a Noruega, Irlanda e Montenegro, países de climas extremos e/ou montanhas impossíveis, onde se nota que a natureza é trabalhada por todos, em favor de todos.

9) Luxo e ostentação são coisa de gente pobre mesmo.

10) Em qualquer lugar se pode viver com dignidade e sem violência. Isto demanda amor à terra, respeito ao outro e uma decisão comum de se compartir e trabalhar junto para construir, independente de credos e raças.

11) Criança é gente, criança é lindo e eles são nosso futuro. Em qualquer lugar onde as crianças tem acesso às escolas e à cultura, se verifica a melhora da vida de todos.

12) Países onde a corrupção é impune, onde o trabalho honesto não é devidamente remunerado, onde o excesso de poucos custa a vida de muitos, param no tempo. Não se pode construir um país sem honestidade e um sistema social eficiente. Paternalismos e medidas protecionistas não ensinam um povo a se desenvolver, nem a ser saudável. O que precisamos é de respeito às leis e, claro, de leis que sejam justas e valham para todos e qualquer um.

Touché Guimarães, publicado pela primeira vez no LinkedIn em 17/02/2024.
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Como viajar muito, bem e barato

Sabendo que não somos milionários, muitas pessoas já nos fizeram a pergunta: 'como vocês fazem para viajar tanto?' porque fazer turismo não demanda somente tempo livre, mas, evidentemente, significa custos extras, que não são considerados possíveis quando não se conhece as 'manhas' para se ver o mundo sem se ficar sufocado financeiramente. Nós sempre organizamos nossas viagens nós mesmos, e isso é fácil, basta querer e ter acesso à internet.

Assim, aqui vão algumas dicas sobre o assunto, baseadas em nossos 21 anos de andanças, por vários países. Acreditamos que conhecer novos lugares, ver novas culturas e conhecer novas pessoas nos tem ajudado a manter-nos jovens e ativos. Prontos...vamulá?

1) Defina os lugares que quer ver e considere as distâncias.

Excursões costumam ser práticas, mas as chamadas tipo 'visite 10 países em 20 dias', significam que você vai estar em constante movimento de chegar e partir, arrumar e desfazer malas e não ter liberdade para escolher o que quer ver, sendo apenas parte de um bando sem opinião/decisão própria. Em geral, custam caro e as empresas normalmente te levam a lugares com as quais tem acordos financeiros, sem levar em conta os gostos e necessidades dos turistas.

2) Verifique a documentação necessária para visitar os países escolhidos.

Antes de mais nada: qual a data de validade do teu passaporte? Existem acordos diplomáticos entre países e nem sempre o visto é necessário, ou mesmo o passaporte em si. No entanto, é bom se certificar. Existem países que demandam vacinas específicas e algumas destas precisam ser tomadas com semanas de antecedência, antes da partida.

3) Vai viajar para longe? Compre sua passagem com a máxima antecedência possível!

Os preços vão subindo, à medida em que se aproximam as estações de turismo e as datas de seus deslocamentos. Assim, atenção para os meses em que pensa em viajar. Aqui na Europa, o verão costuma atrair a maioria dos turistas e julho e agosto são os meses de pico. Claro, o mesmo ocorre com os meses de inverno (dezembro a fevereiro), que costumam atrair os apaixonados dos esportes nevados. A maioria das companhias aéreas lançam promoções e vale a pena pesquisá-las.


Travel light!

Travel light!

4) Prepare seu roteiro antes de partir! E compre seus ingressos para atrações com antecedência!!!

Ajuda muito, quando já se sai de casa com uma ideia básica do que se quer ver e/ou fazer no lugar para onde se vai. Para isto, basta usar o google.

Por exemplo, visitar um museu pode levar 1 hora... ou um dia inteiro. Visitar um castelo, pode levar algumas horas. Passear em pequenas cidades, pode ser programa para todo um dia, ou simplesmente o tempo de parar para um café. Assim, saber que tipo de turismo se quer fazer é fundamental para que a viagem seja a mais agradável possível.

Os funcionários dos pontos de informação de turismo (marcados com 'I' ), costumam ser extremamente solícitos e gostam muito quando a gente pede uma opinião pessoal. Perguntar é sempre válido e pode levar a descobrir-se lugares bem mais interessantes do que os 'oficiais'.

5) Mapas? Guias?

Para quem dirige são muito úteis, mesmo quando se pensa em dirigir um carro com GPS. Nosso guia favorito é o Lonely Planet, onde tem informações de todos os tipos, e eles têm livros específicos por países e/ou por cidades. As grandes livrarias costumam vendê-los, mas também podem ser adquiridos online.

6) Como fazer, após aterrissar?

Após vôos longos, sugerimos pelo menos uma noite de descanso, antes de partir para aventuras turísticas, salvo se a ideia é sair rodando diretamente do aeroporto para algum outro lugar. É aconselhável alugar o carro no aeroporto onde se chega, e entregá-lo no mesmo aeroporto, marcando o horário de entrega para o mais tarde possível. Costumamos usar a Europcar, cujos veículos nunca nos deixaram na mão. No entanto, é sempre bom verificar se o GPS está funcionando direitinho. E sempre ter em conta a regra básica: reservar com antecedência para ter mais opções e pagar menos.

IMPORTANTE: a carteira de motorista internacional SÓ é válida com a carteira nacional original !!!! seja para dirigir, ou para alugar um veículo, você precisará das duas (e o cartão de crédito desta mesma pessoa).

7) Viajar de trem

Se preferir este meio de transporte, é bom verificar os preços e as conexões, antes de comprar qualquer modalidade das várias que existem. Por exemplo, o Europass permite 10 deslocamentos num prazo de 20 dias, por um preço atraente. Para quem pretende passar alguns dias em alguns lugares especiais, talvez valha mais a pena adquirir passagens localmente. Também é importante verificar os tipos de trens, porque alguns são 'paradouros' e levam o triplo do tempo para se chegar ao destino. É sempre bom se informar bem, pois às vezes compensa esperar para embarcar num trem direto – que nem sempre é mais caro.

Anotar as conexões e verificar as plataformas ajuda muito, porque o tempo para mudar de trem costuma ser muuuuuito curto. Então, sugerimos perguntar ao controlador, durante a viagem, ou na plataforma de chegada, assim que desembarcar. Pois nem sempre tem controle durante cada trajeto. Arriscar viajar sem passagem é sempre possível, mas pode trazer sérios problemas!

Muito moderno, o sistema de ´night trains´ é uma alternativa atraente para quem quer combinar tempo de viagem com uma noite de hospedagem. Existem várias opções de rotas e tipos de cabine. Mas recomendamos atenção!!! Não necessariamente você vai receber o produto que comprou... Lamentável, mas verdade. Recentemente tivemos duas grandes decepções, tendo comprado cabines com banheiro privativo (com ducha): no primeiro caso, a cabine simplesmente não tinha banheiro!!! e a irritada recepcionista do nosso vagão reagiu tipo ´é isso ou nada´. No segundo trem, mais novo que o anterior, que bom, tinha banheiro sim!!! só que...pequeno detalhe: tinha água na ducha mas não no toilette. O simpático e solícito recepcionista se mostrou muito constrangido, mas não tinha como solucionar o problema, claro. Evidentemente, fizemos reclamação e reivindicação de compensação financeira. Passados mais de 10 dias não recebemos nenhum feedback da empresa. Repetimos: atenção!!!

8) E os ferries?

Para muitos trechos se faz necessário e/ou importante viajar por ferry, o que pode ser feito simplesmente se comprando um ticket individual, ou reservar um ferry que transporta seu veículo também. Existem ferries onde se pode comprar uma cabine, o que facilita não só a locomoção, mas combina o transporte com o alojamento.

9) Transporte público

Na maioria das capitais na Europa, existiam tickets combinados, que tanto podiam ser para metro, ônibus, bem como para trams e trens. Normalmente, os bilhetes ida-volta saem menos caro, bem como comprar-se bilhetes para 10 ou mais vezes. Em alguns lugares, você comprava um cartão que tem o sistema de 'créditos', que você podia ir comprando durante a estada no local, no próprio guiché das estações e cujo valor inicial você podia recuperar, no final da viagem. É bom ficar atento, para não perder este reembolso, geralmente feito em postos/guichés/estações especiais para tal. Nos aeroportos costumava haver locais específicos, se informe bem. Pode ser que este sistema tenha sido eliminado.

10) Onde se hospedar?

Claro, o tipo de hospedagem varia com os gostos de cada um, mas o importante é a certeza de que se pode encontrar locais confortáveis, limpos e seguros, sem ter que se gastar horrores. Afinal, quem viaja de turismo não tem como objetivo principal ficar dentro de um alojamento, né??

Aqui na Europa, quando não está frio, costumamos acampar. O mesmo fazemos em outros países onde existe uma boa estrutura de campings, como fizemos nos Estados Unidos, por exemplo.

Um camping agradável, com boa localização e/ou bom acesso com transporte público pode custar de 20 a 40 euros/noite/barraca, com confortável bloco sanitário, lugar para lavar pratos e, geralmente, cozinha equipada e um espaço comunitário para refeições. Há campings de todo tipo, desde os que parecem clubes (com quadras disso e daquilo, piscina, restaurante, etc) e os campings menores, geralmente mais calmos e sempre mais baratos, claro. Não esquecer a sofisticação de um glamping ou o exotismo de se alojar num chalezinho em cima de uma árvore.

Existem sacos de dormir que não pesam mais de 2kgs, e são muito práticos para se levar em bagagens cheias. Nas grandes lojas de materiais de camping, podem ser adquiridos por 80 euros e uma boa tenda para 3 pessoas custa menos de 300 euros. Mas normalmente os chalés são equipados com tudo que se necessita para uma estada confortável, a preço bastante razoável.

Progressivamente os campings passaram a oferecer mais e mais alternativas, além dos chalés, como caravans, atrações e variedade de material para sports e/ou tours.

11) E quanto a hotéis e similares?

Usamos frequentemente o booking.com quando pensamos em alojamento. Sistema altamente funcional, cujo site, em diversas línguas, abrange uma infinidade de países e lugares, dando alternativa de se filtrar o alojamento desejado, por tipo, preço, etc...

Nós sempre preferimos os B&B a hotéis. O sistema de Bed & Breakfast permite uma sensação de aconchego, impossível num grande hotel. Normalmente são os próprios proprietários que fazem tudo, tendo destinado uma parte de sua casa a hóspedes. Assim, os (normalmente poucos) apartamentos costumam ser decorados individualmente e, no caso de reservar, é bom preencher a pergunta 'tem alguma solicitação especial', que eles sempre buscam atender. Por exemplo, se for um casal, melhor mencionar se preferir uma cama de casal, pois é muito comum se encontrar duas camas de solteiro num apartamento duplo.

O sistema AirB&B, mais recente é mais impessoal. Você reserva o local, por exemplo pode ser um apartamento, mas você não tem garantia nenhuma de que vai ter contato com o proprietário. Geralmente, você recebe uma mensagem com as instruções de como fazer para entrar e sair, e o resto é por tua conta. Em caso de problemas, você pode falar com o proprietário por telefone, mas não necessariamente vai vê-lo pessoalmente.

12) Como escolher o local de hospedagem?

O Trip Advisor oferece um serviço excelente e gratuito, para quem quer evitar surpresas desagradáveis. Sempre que viajamos, antes de fazer uma reserva, damos uma pesquisada sobre o local que nos atraiu, para ler os comentários e avaliações sobre os locais. Mas é bom levar em conta a data dos comentários e o que foi dito. Muitas vezes tem gente mal-humorada, que dá uma baixa pontuação a um estabelecimento, porque teve uma festa na rua na noite em que se hospedou, e as pessoas ficaram cantando alto...ou porque choveu o tempo todo. Não é brincadeira! Já vimos este tipo de comentário, sim!

(No site deles, Trip Advisor, também se encontram comentários sobre restaurantes, locais de atração em geral, é bem variado e útil e também pode ser lido em diferentes línguas. O TrustPilot também é um site onde se encontram informacoes úteis e importantes neste sentido.

Costumamos fazer nossas avaliações após voltarmos ao lar, considerando que esta é uma contribuição muito importante para quem viaja.

13) Como organizar a bagagem?...

Viagem leve!!!!!! você vai passear, não fazer desfile de modas, viu? Claro, uma roupa mais arrumada, para alguma ocasião especial, mas, em princípio, a ideia é passear...ou não? Pense, sobretudo, no seu conforto: sapatos, antes de mais nada, são fundamentais. Roupas que não apertem e que possam ser facilmente ajustadas a uma possível mudança de temperatura/clima. Bolsa que caiba muita coisa (a gente sempre vê alguma coisinha interessante prá comprar...) ou mochila. Ajuda muito fazer uma 'packing list', na hora de arrumar a mala. Algumas companhias aéreas costumam publicar modelos em seus sites. Senão, comece a anotar o que acha importante levar. Existem cada vez mais restrições sobre bagagens, é bom verificar o tamanho e peso do que vai levar..ou preparar o bolso para os extras. Também é bom sempre ter alguma coisinha de reserva para se comer: nunca se sabe...

Para quem gosta de passeios na natureza, fundamental levar água! Existem garrafas que conservam a temperatura do líquido por até 24horas.

Evite andar pelaí com seu passaporte, e guarde-o em lugar seguro, preferindo levar cópias dos documentos. Também é bom ter anotado os números e dados referentes aos mesmos, para caso de perda ou furto. E não esqueça a dica sobre a carteira de motorista (ver acima).

14) E as fotos?

Andar com uma boa câmera não costuma trazer problemas. Mas uma coisa é sempre bom lembrar: bandido tem em todo lugar. Então, não deixar pertences 'voando' em lugares públicos, com a idéia de que 'aqui é diferente'.

Uma coisa é andar apavorado. Outra é ser cuidadoso. Um dos nossos slogans é: 'evitar problemas é dever de todos'

Lembre-se: o mundo é muito lindo!

Viaje muito!!! Aproveite enuanto tem mundo para ver!

Touché Guimarães, publicado pela primeira vez no LinkedIn em 23/01/2024.
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